O governador Ricardo Coutinho não mede esforços para se manter no poder, e também não tem o menor pudor de transparecer isso. Começou a campanha eleitoral escondendo Eduardo Campos, só divulgando seu material de campanha após o trágico acidente, com o objetivo claro de “surfar” na comoção nacional.
Com a onda Marina Silva, Ricardo virou Marina “desde pequenininho”, subiu em seu palanque e sentou o cacete em Dilma Rousseff. Porém, com a queda da companheira de partido e o crescimento de Dilma, RC se afastou da campanha e trocou Marina pela petista. Que nome damos a esse comportamento? Alguns chamam de oportunismo.
Antes mesmo da apuração do 1° turno encerrar, o governador já estava declarando apoio a Dilma, mesmo sem esperar a decisão do PSB e de Marina, que optaram por Aécio. RC achava que a disputa presidencial seria “mamão com açúcar” e correu pra colar sua imagem em Dilma. Ele só não contava com a “onda azul”, estimulada por um sentimento forte de mudança e denúncia de corrupção no Governo PT, tornando a disputa acirrada. Segundo as últimas pesquisas, Aécio tem 51% e Dilma 49%.
Como não podia ser diferente, Ricardo Coutinho agora quer tirar uma “lasquinha” de Aécio e pegar um “jacaré” na onda azul. RC mandou a “Direita” da campanha (Efraim Morais, Efraim Filho e Fabiano Lucena) abrir um comitê com o adversário de Dilma.