jun 18, 2017 Destaque, Política 1286
O ex-deputado federal Ruy Carneiro, presidente do diretório do PSDB na Paraíba, afirma que o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral foi um evento muito negativo para a Justiça Eleitoral. De acordo com ele, ficou evidenciado que o TSE saiu desgastado do julgamento e que há necessidade de mudanças na forma de composição da Corte Eleitoral a partir de uma ampla reforma política, que tem sido cogitada com frequência mas que, na prática, não é objeto de consenso entre partidos e líderes políticos.
Ruy Carneiro salienta que o ponto proveitoso do julgamento patrocinado pelo TSE foi “o voto brilhante e detalhado do ministro Herman Benjamin, paraibano, que atuou como relator do processo, de forma exemplar”. De resto, entende Ruy que a população esperava uma coisa mas infelizmente ocorreu outra. “Apesar do placar apertado, ficou nítido o desgaste do TSE junto à sociedade, que constatou a existência clara de elementos que contribuíam com a cassação da chapa”, prosseguiu Ruy, acentuando que os mecanismos adotados por diferentes partidos para a prática da corrupção afetaram a credibilidade das instituições.
Enquanto isso, o presidente do diretório do Democratas em João Pessoa, Raoni Mendes, avaliou que argumentos colocados durante o julgamento da chapa Dilma-Temer foram relatados de forma democrática e, por isso, a decisão da Justiça deve ser respeitada. Para ele, é importante que todos possam trabalhar para encontrar um rumo certo para o Brasil. “Mesmo assim, concordo com a necessidade de que todas as denúncias sejam investigadas. Enquanto representante de partido, entendo que é preciso buscar novos incrementos para acabar com o descrédito popular”, comentou. Raoni disse que o DEM vem trabalhando fortemente para atrair lideranças jovens que possam contribuir para qualificar a política. O presidente do PPS, Nonato Bandeira, é de opinião que a decisão do TSE provocou o descrédito não apenas do sistema político atual mas da própria atuação da Justiça Eleitoral. “Primeiro, pelo fato da composição mista da Corte permitir que um ex-advogado de Dilma julgasse a chapa encabeçada pela ex-presidente. Depois, dois ministros recém-nomeados por Temer julgaram a chapa composta pelo presidente”, acrescentou.
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