O número de manifestantes presentes variou de acordo com a fonte: a Polícia Militar estimou o público em 2,5 mil; o MPL-SP chegou a falar em 10 mil pessoas nas ruas.
Por volta das 17h45, integrantes do MPL-SP e a PM definiram o trajeto da passeata. Os manifestantes partiriam do Theatro Municipal, subiriam pela Avenida Consolação até a Avenida Paulista, na altura da Praça do Ciclista.
Inclusive, a PM utilizou a controversa manobra de envelopamento, que consiste na formação de um cerco aos manifestantes, mesmo sem qualquer demonstração de violência ou perigo.
Às 18h15, os manifestantes começaram a percorrer o trajeto.
A manifestação caminhava tranquilamente, com gritos de “Vem pra rua, vem, contra a tarifa”. Pouco antes das 19h30, um pequeno grupo de encapuzados começou a vandalizar lixeiras e destruir sacos de lixo.
A reação da PM foi a pior possível: bombas de efeito moral de maneira indiscriminada e pancadaria generalizada. A imprensa não foi poupada da violência — inclusive um repórter do Brasil Post tuitou que um policial tentou agredi-lo.
Com a confusão, os manifestantes se dispersaram pelas avenidas Augusta e Angélica. As entradas da estações de Metrô da Consolação e do Trianon-Masp foram fechadas. Havia focos de incêndio em lixos no decorrer da avenida Angélica e pela Rua Haddock Lobo.
Os detidos foram encaminhadas ao 78º Distrito Policial, nos Jardins. No dia 16 de janeiro, às 17h, haverá o segundo ato.
Outras capitais
Também houve protestos contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte nesta sexta-feira.
A Justiça de Minas Gerais suspendeu o reajuste dos transporte suplementar no Estado por meio de uma liminar, de acordo com informações do G1. A medida, no entanto, não afeta os ônibus regulares. O protesto reuniu cerca de 250 na capital mineira, e não foram registrados confrontos.