Os novos desafios de Ricardo II – (wscom) BRASILIA – Quando janeiro chegar, o governador Ricardo Coutinho precisará estar com seu Plano de Ação e de Governo azeitado para execução em nivel capaz de manter o ritmo de desenvolvimento sócio – econômico em patamar de expansão com obras traduzindo mais emprego e renda na vida dos paraibanos, embora se saiba antecipadamente que a conjuntura de retração econômica nacional seja sinal complicador à vista.
Mesmo assim Ricardo dispõe de indicadores a lhe favorecer, a exemplo da ótima relação criada com a presidenta reeleita Dilma Rousseff, com a direção estadual do PT e, de forma especial, o prefeito de João Pessoa – Luciano Cartaxo, seu principal avalista na costura petista para a reeleição e aliança com Dilma.
Há que se computar cenários politicos favoráveis tanto na relação com a bancada federal (Senado e Câmara Federal), bem como na ambiência estadual com reais condições de fazer o presidente da Assembléia sem crises. Tudo depende apenas dele para a construção até de um grande Pacto politico no Estado.
Mas, como lembramos no inicio da análise, a conjuntura econômica não se apresenta fácil, por isso Ricardo e os demais governadores precisam retomar o Forum dos Governadores do Nordeste na busca de definição negociada de grandes projetos estruturantes sem a politica fraticida a beneficiar os grandes Estados.
É deste contexto negociado entre os governadores mais a conversação bem resolvida com a Bancada Federal que conheceremos o tamanho real dos investimentos do Governo Ricardo em nova fase de gestão com reais reflexos sociais.
Neste processo, ainda precisamos conhecer e acompanhar as iniciativas de relacionamento do governador com os Poderes e as representações da famosa sociedade organizada conhecendo-se os traumas existentes no passado recente, sobretudo com o Funcionalismo.
A propósito deste último quesito, impressiona como Ricardo Coutinho assimilou o modelo adotado no Ceará pelos ex-governadores Tasso Jereissati e Ciro Gomes gerando politicas restritivas com real desprestigio desse segmento em relação a outros governos. Tudo isto explicando seu antigo discurso de que precisa colocar o Governo a serviço maior dos 3, 6 milhões de paraibanos deixando de ser refém dos 120 mil funcionários públicos.
Aliás, o governador reeleito aniquilou a tese então em voga de que Governo em conflito com o Funcionalismo conviveria com derrotas seguidas, a exemplo de Tarcisio Burity e Carneiro Arnaud – algo desmestificado por Ricardo Coutinho.
Em sintese, tudo dependerá dos atos do governador reeleito.