jul 12, 2022 Destaque, Política 592
A iminente desistência de Pedro Cunha Lima da disputa pelo governo do estado parece um remake de 2018, quando então prefeito Luciano Cartaxo trocou a oportunidade de disputar a eleição como favorito por mais dois anos na prefeitura de João Pessoa. Pensou pequeno e hoje está pequeno. Pedro, no entanto, nunca despontou como favorito. Ao contrário, vem […]
A iminente desistência de Pedro Cunha Lima da disputa pelo governo do estado parece um remake de 2018, quando então prefeito Luciano Cartaxo trocou a oportunidade de disputar a eleição como favorito por mais dois anos na prefeitura de João Pessoa.
Pensou pequeno e hoje está pequeno.
Pedro, no entanto, nunca despontou como favorito. Ao contrário, vem caindo nas pesquisas internas. O voto que tem, vem do sobrenome, mas esbarra na falta de carisma e energia.
Pedro foi uma promessa que ficou só na promessa. Como ensina Maquiavel, o herdeiro político do ex-governador Cássio nasceu com a fortuna (sorte, acaso, berço), mas não tem a virtú (capacidade, virtude) para construir uma carreira política independente e começar a andar de bicicleta sem rodinhas.
E tudo bem. Ninguém é obrigado a ser político só porque o pai é político.
Romero Rodrigues, outro a desistir, é o oposto, não nasceu em berço de ouro, mas teve a capacidade de construir uma carreira política e se consolidou – atualmente – como o maior líder político de Campina Grande.
Pragmaticamente, Romero perdeu – talvez – a grande chance da sua carreira política ao desistir de ser o vice de João Azevedo. Disputaria a reeleição ao governo, em 2026, com a caneta na mão.
Romero desistiu duas vezes; uma em ser candidato, outra em ser vice.
A verdade é que, de Cássio pra cá, a oposição jamais teve um político com sangue no olho, pra disputar a eleição custe o que custar, independentemente do resultado e sem escolher adversários.
Até quando a oposição vai continuar brochando na hora H?