ago 29, 2022 Destaque 1423
Se a candidata do PSB ao Senado, Pollyana Dutra, não quiser entrar para a história como a candidata tampão da eleição 2022, precisa aprender com os erros alheios, principalmente o de Pedro Cunha Lima, candidato ao governo. Pedro disputa voto com Nilvan no campo da direita, e territorialmente com Veneziano, em Campina. Mas até o […]
Se a candidata do PSB ao Senado, Pollyana Dutra, não quiser entrar para a história como a candidata tampão da eleição 2022, precisa aprender com os erros alheios, principalmente o de Pedro Cunha Lima, candidato ao governo.
Pedro disputa voto com Nilvan no campo da direita, e territorialmente com Veneziano, em Campina. Mas até o momento Pedro tem poupado ambos e atacado o governador.
A estretégia de Pedro é boa, mas pra Nilvan, que já aperece em 2° lugar na pesquisa Real Time Big Data, e empatado na margem de erro na Datavox.
Pollyana disputa votos com Ricardo Coutinho; é o voto do campo progressista que até agora não tinha em quem votar para o Senado. Alguns eleitores passam pano para a roubalheira de Ricardo denunciada na Operação Calvário. Outros, sem opção até pouco tempo, tapariam o nariz em frente à urna e dariam um voto no aliado de Lula.
Pollyana precisa convencer o eleitor progressista, da esquerda e da centro-esquerda, que é possível eleger uma senadora que seja progressista e honesta ao mesmo tempo. Que nunca roubou dinheiro da saúde pública nem chefiou uma das maiores organizações criminosas do país.
Ricardo Coutinho é o Sérgio Cabral da Paraíba, e se Pollyana não ressaltar isso em sua propaganda, resgatando os fatos da Operação Calvário, perderá sua principal narrativa contra o petista.
A narrativa de Ricardo Coutinho todos já conhecem; o velho blá, blá, blá da perseguição política e do lawfare. Não funcionou na eleição para a prefeitura de João Pessoa, mas agora ele aposta na falta de memória do eleitor, principalmente o do interior do estado.
Pollyana também é aliada de Lula, mas se quiser competir de verdade, terá que bater de frente com Ricardo Coutinho, reforçando sua verdadeira face revelada pela força-tarefa da Operação Calvário.
Ricardo quer se apresentar como perseguido, como Lula foi. A diferença é que na Operação Calvário ele aparece negociando propina desviada da Saúde e é réu em quase 20 processos. Sem contar nas inúmeras delações e cinco ex-secretários presos, além do irmão Coriolano Coutinho.