jan 31, 2023 Destaque, Política 285
Partido de Jair Bolsonaro, o PL afirmou à Justiça que o senador diplomado Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz declarado suspeito da antiga Operação Lava Jato, cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa dois nas eleições do ano passado. A informação foi publicada nesta terça-feira (24) pela coluna de Rogério Gentili, no portal Uol. […]
Partido de Jair Bolsonaro, o PL afirmou à Justiça que o senador diplomado Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz declarado suspeito da antiga Operação Lava Jato, cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa dois nas eleições do ano passado. A informação foi publicada nesta terça-feira (24) pela coluna de Rogério Gentili, no portal Uol. O ex-chefe do Executivo federal pediu a cassação do parlamentar.
Em ação judicial, a legenda do ex-ocupante do Planalto disse que Moro, antes de anunciar a candidatura ao Senado pelo União Brasil, foi pré-candidato a presidente pelo Podemos. De acordo com o partido de Bolsonaro, essa pré-candidatura foi um “estratagema pernicioso” para o ex-juiz arrecadar mais dinheiro. O PL afirmou que, somando-se os gastos da pré-campanha com os da campanha do parlamentar, o custo teria sido de R$ 6,7 milhões. O teto da campanha ao Senado era de cerca de R$ 4,4 milhões, disse o PL na ação. Ou seja, Moro teria arrecadado cerca de R$ 2,3 milhões acima do permitido na legislação.
“O conjunto das ações foi orquestrado de forma a, dentre outras irregularidades, usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente”, continuou.
Segundo o PL, houve “arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas”, que “passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral”.
O processo foi aberto no dia 23 de novembro do ano passado, mas estava sob segredo de Justiça. O sigilo foi revogado no dia 17 de janeiro pelo desembargador Mário Helton Jorge, relator do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
A ação foi assinada pelos advogados Guilherme Ruiz Neto, Bruno Cristaldi, Marcelo Delmanto Bouchabki e Nathália Ortega da Silva. “Por mais irônico que possa parecer, a presente ação atende a um apelo do próprio corréu, procurando combater a corrupção em todas as suas esferas, inclusive eleitoral”, afirmaram os advogados no processo.