jul 18, 2025 Destaque, Morte 62
O cantor sertanejo João Vitor Malachias matou e queimou parte do corpo da dentista Bruna Viviane Angleri, em setembro de 2023
O cantor sertanejo João Vitor Malachias foi condenado a 35 anos, 10 meses e 14 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato da dentista Bruna Viviane Angleri, de 40 anos, após a decisão de um júri popular. O caso aconteceu em setembro de 2023, em Araras, no interior de São Paulo.
A decisão da Justiça, assinada pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, da Vara Criminal de Araras, ainda cita uma parte da pena pelo crime de furto e pela destruição de cadáver. Bruna teve parte do corpo carbonizado.
O magistrado também negou o direito do cantor sertanejo responder à condenação em liberdade. Ao Metrópoles, a defesa de João Vitor, chefiada pelo advogado Diego Emanuel da Costa, afirmou que vai recorrer.
“Vamos trabalhar em cima da fragilidade probatória e da observação da pena aplicada, que foi maior do que deveria, acima da média”, afirmou o advogado à reportagem.
A dentista Bruna Viviane Angleri, de 40 anos, foi encontrada morta na manhã do dia 27 de setembro de 2023 em Araras, no interior de São Paulo. O corpo dela estava carbonizado em cima de uma cama na casa em que ela morava, no bairro Distrito Industrial.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), quando a Polícia Militar (PM) chegou ao local, o cômodo ainda estava em chamas. O Corpo de Bombeiros ajudou a conter o incêndio. Não havia outras pessoas no imóvel.
Bruna tinha uma filha de 6 anos e possuía uma medida protetiva contra o cantor sertanejo João Vitor Malachias, seu ex-namorado.
Essa não foi a primeira vez que João Vittor foi denunciado por uma ex-namorada. O cantor também tem um filho e já teve seu nome apontado em boletins de ocorrência registrados pela mãe da criança, acusando-o de ameaça e perseguição.
A perícia descobriu que o celular do cantor sertanejo João Vitor Malachias, de 30 anos, se conectou no Wi-Fi da casa da dentista Bruna Viviane Angleri, 40, na hora do assassinato. A vítima foi encontrada carbonizada em cima da cama, no interior paulista, no fim de setembro.
Para os investigadores, a nova prova derruba o álibi apresentado no inquérito por João Vittor, o nome artístico do cantor sertanejo, que alega ter passado a madrugada do crime na casa da sua avó. Preso temporariamente por suspeita de feminicídio, ele diz ser inocente.
O crime aconteceu na casa de Bruna, em Araras, no interior de São Paulo. Segundo a perícia policial, o celular de João Vittor entrou na internet da residência da dentista exatamente à 0h15min48s do dia 27 de setembro.
“Tal data e horário são compatíveis com a data e horário da morte da vítima Bruna Viviane Angleri”, atesta o documento. A investigação corre sob segredo de Justiça.
Ex-namorado da dentista, João Vittor se tornou o principal suspeito do feminicídio após os investigadores descobrirem que Bruna tinha uma medida protetiva contra ele.
Conforme revelou o Metrópoles, exames de raio-X realizados no corpo de Bruna também mostram que a vítima foi baleada no rosto. Estilhaços de projétil de arma de fogo, localizados na face da dentista, foram removidos por médico legista.
Fotos da cena do crime também mostram que só o lado da cama em que a dentista foi encontrada estava destruído pelas chamas. Segundo a investigação, não havia “nenhum elemento que possa dar indicativo que ocorreu algum curto-circuito” ou “vestígio de incêndio meramente acidental” no cômodo.
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