CMJP recebe secretário municipal para prestação de contas da Saúde

nov 04, 2025 Destaque, Vereadores 84

R$ 239.348.119,64 foram investidos na área durante o segundo quadrimestre de 2025

CMJP recebe secretário municipal para prestação de contas da Saúde

Na manhã desta terça-feira (4), o gestor da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luís Ferreira Filho, compareceu à Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para prestar contas dos investimentos da pasta no segundo quadrimestre deste ano (maio a agosto). A audiência pública atende a uma determinação legal (art. 36 a 41, da Lei Complementar Federal 141/2012), que prevê que o gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) deve apresentar ao Legislativo relatório referente ao quadrimestre anterior, indicando o montante e fonte dos recursos aplicados no período; as auditorias realizadas ou em fase de execução; e a oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada.

Luís Ferreira Filho informou que foram investidos R$ 239.348.119,64 milhões entre os meses de maio a agosto de 2025, o que corresponde a 25,8% da receita total do município no período, percentual que ultrapassa o mínimo de 15% previsto por lei. “Dez por cento a mais do que o mínimo previsto e um quarto do que a prefeitura arrecadou, investido na Saúde”, destacou.

“Uma das coisas que caracteriza a Saúde atual é a oferta de serviços. Nós crescemos de forma exponencial, passamos de 30 mil serviços oferecidos em 2019, para 45 mil em 2024. Já nas cirurgias, passamos de 2.500 para 4.500. Isso só foi possível pela coragem de Cícero Lucena de investir em saúde de forma prioritária”, declarou Luís Ferreira, salientando que o pagamento aos profissionais agora é feito por produção.

O gestor elencou o número de atendimentos nas Policlínicas de atenção especializada: 10.292 atendimentos na Policlínica das praias; 16.764 na do Cristo; 10.611 na de Jaguaribe; 6.930 na de Mangabeira; 9.982 na de Mandacaru; e 9.691 atendimentos na Policlínica do Idoso. “É uma quantidade absurda de atendimentos diários realizados em João Pessoa”, avaliou.

Sobre a Atenção Primária, Luís Ferreira afirmou que o serviço tem 86,57% de cobertura no Município e 75,34% em relação à Saúde Bucal. Ele destacou ainda que foram realizados, no segundo quadrimestre, 289.596 atendimentos individuais nas Unidades de Saúde; 45.918 atendimentos odontológicos; 236.416 procedimentos médicos e de enfermagem; e 243.676 visitas domiciliares.

“É como se atendêssemos toda a população a cada quatro meses. É um quantitativo extremamente grande de atendimentos feitos na saúde de João Pessoa. Nós atendemos muito mais do que não atendemos, operamos muito mais do que não operamos, fazemos mais exames do que não fazemos. É natural das pessoas que não conseguem atendimento que gritem mais do que as que conseguem”, afirmou o gestor.

Ações destacadas

O gestor destacou a inauguração da 7ª Unidade de Saúde Familiar construída do zero, no bairro Costa do Sol; a disponibilização de exame para diagnóstico e monitoramento da tuberculose em 14 locais da cidade; a realização de castração de gatos e vacinação antirrábica no Alto do Mateus; a disponibilização de novas vagas para demanda espontânea em atendimentos especializados; a discussão sobre prevenção e diagnóstico do sarampo; a formação de agentes comunitários de saúde e endemias; a parceria com o Tribunal de Contas do Estado e o Instituto São José para o funcionamento do Hospital Padre Zé; cerca de 3,5 mil procedimentos de hemodinâmica realizados, além da disponibilização de novos serviços e ampliação de cirurgias no Hospital Santa Isabel. “Temos uma saúde extremamente pujante na capital paraibana”, enfatizou o gestor.

Luís Ferreira destacou que há processos na gestão pública que são naturalmente lentos, mas que a Secretaria de Saúde tem se destacado na agilidade. “Tenho muito orgulho em dizer que temos uma equipe que dá andamento a um processo emergencial em menos de um mês, uma licitação em menos de três meses e que tem dinamismo nas suas relações. A Secretaria de Saúde licita mais do que a prefeitura toda junta”, salientou. E concluiu: “Estamos onde queremos estar? Ainda não. Não somos nem de perto como queremos ser, mas não somos mais como éramos”, declarou o gestor.

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