dez 01, 2015 Destaque, Política 1845
A presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar sua ida ao Vietnã e Japão, programada para a próxima semana. Segundo fontes do Palácio do Planalto, ela manterá sua viagem para Paris, embarcando na noite desta sexta-feira, mas por conta das importantes articulações para a aprovação da mudança na meta fiscal, Dilma voltará ao Brasil na noite de […]
A presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar sua ida ao Vietnã e Japão, programada para a próxima semana. Segundo fontes do Palácio do Planalto, ela manterá sua viagem para Paris, embarcando na noite desta sexta-feira, mas por conta das importantes articulações para a aprovação da mudança na meta fiscal, Dilma voltará ao Brasil na noite de segunda-feira. Ela teria sido aconselhada por auxiliares a acompanhar de perto as negociações orçamentárias. O governo quer aprovar na próxima terça o PLN 5, que autoriza mudança na meta fiscal.
A presidente decidiu seguir a orientação do Tribunal de Contas da União (TCU) e vai fazer um novo contingenciamento do Orçamento de 2015. O governo deverá editar um decreto de programação financeira com um corte de R$ 10,7 bilhões nos gastos. Com isso, pela primeira vez, o país terá um quadro que os técnicos chamam de “shut down”, ou seja, a suspensão de todas as despesas discricionárias. Isso significa deixar de fazer, por exemplo, o pagamento de todos os serviços de água, luz, telefone, bolsas no Brasil e no exterior, fiscalização ambiental, do trabalho, da Receita e da Polícia Federal. A suspensão também atingirá gastos com passagens e diárias.
Dilma vai à Paris para participar da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-21). Integrantes do governo temem que quando Dilma desembarcar em Paris neste sábado de manhã para participar da COP-21, o Brasil, que sempre foi protagonista das negociações climáticas, seja alvo de críticas pesadas por parte de ambientalistas por conta do desastre em Mariana. O mar de lama tóxica que destruiu a barragem da empresa Samarco, levando vidas e varrendo cidades às margens do Rio Doce, é considerado o maior desastre ambiental do Brasil e o maior acidente com barragens de mineração no mundo.
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