ago 18, 2015 Destaque, Política 858
Repito o que já escrevi aqui: não se tira do cargo um presidente só porque ele é impopular. Ou governa mal. Ou está empurrando o país para o abismo. Isso seria golpe Sei que sete de cada 10 brasileiros desaprovam o desempenho de Dilma como presidente da República. E que no Nordeste, onde ela […]
Repito o que já escrevi aqui: não se tira do cargo um presidente só porque ele é impopular. Ou governa mal. Ou está empurrando o país para o abismo. Isso seria golpe
Sei que sete de cada 10 brasileiros desaprovam o desempenho de Dilma como presidente da República. E que no Nordeste, onde ela sempre foi mais bem avaliada, são seis em cada 10.
Também sei que a esmagadora maioria dos brasileiros é favorável à abertura de um processo de impeachment contra Dilma, embora menos da metade acredite no êxito de um processo desses.
Por isso mesmo pergunto: e se a popularidade de Dilma estivesse alta ou em crescimento? Haveria espaço para que se discutisse o eventual impeachment dela?
Repito o que já escrevi aqui mais de uma vez: não se tira do cargo um presidente só porque ele é impopular. Ou governa mal. Ou está empurrando o país para o abismo. Isso seria golpe.
Tira-se se ele cometer algum crime de responsabilidade. A Constituição define o que é crime de responsabilidade. E, nesse caso, não seria golpe.
Ainda não vi ninguém culpar Dilma por algum crime de responsabilidade.
É legítimo ocupar as ruas para protestar contra um governo desastroso e uma presidente que se reelegeu mentindo à farta. Mas que fique claro: fazer um governo desastroso não configura crime de responsabilidade. Configura incompetência. Mentir pouco ou muito também não configura crime de responsabilidade. Quer dizer apenas que o presidente reeleito mentiu.
Nem quer dizer necessariamente que ele é um mentiroso contumaz.
Ao fim e ao cabo, ocupar as ruas para pregar a queda de Dilma não é apenas inócuo: é também perda de tempo.
(Arte: Antonio Lucena)
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