set 15, 2015 Destaque, Política 1821
O reinado de Tudor, na Eulália, foi marcado pela consolidação da família moderna na Inglaterra do século XII. Naquela época, feudos e cidades tinham como praxe a intervenção da sociedade, leia-se do Estado, nas questões familiares. Assuntos da intimidade do casal, por exemplo, eram quase de domínio público. Plimouth fazia as vezes de guardião da […]
O reinado de Tudor, na Eulália, foi marcado pela consolidação da família moderna na Inglaterra do século XII. Naquela época, feudos e cidades tinham como praxe a intervenção da sociedade, leia-se do Estado, nas questões familiares. Assuntos da intimidade do casal, por exemplo, eram quase de domínio público. Plimouth fazia as vezes de guardião da moral cristã e punia aqueles que brigavam com suas esposas com objeto pontiagudo semelhante a uma faca. Seria a Lei Maria da Penha de hoje? Continuemos com a história, para entendermos melhor a expressão que intitula este nosso novo artigo.
Depois da ascensão de Tudor a condição de Estado aglutinando inúmeros reinados, foi proclamada a proteção de toda e qualquer situação estritamente familiar, como discussões e brigas entre marido e mulher. Passou-se então, a utilizar a expressão: In a fight of husband and wife,nobody shall stick the knife! (em briga de marido e mulher não se mete a faca). Para não perder a rima, dizem os estudiosos que, em bom português, foi adotado o ditado popular “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
Tornou-se secular essa expressão que recentemente passou a ser combatida de forma veemente pelos movimentos feministas. Afinal, quando se trata de violência doméstica é preciso sim, “meter a colher”. No entanto, a frase tida como pejorativa, tem hoje outro viés, como no passado. Machismo e feminismo à parte, é importante ressaltar que na era das Mídias Sociais e de inúmeras medidas protetivas à mulher e ao próprio homem (por que não?) parece que voltamos no tempo. Mais do que proteger e fiscalizar, a sociedade e o Estado têm usado dessas duas ferramentas citadas, para VIOLAR a intimidade conjugal. A depender do caráter, da personalidade e da formação cultural, os próprios “EX” passam a usar o FACE como divã, ou as Leis como as “facas” de antigamente para ferir com profundo desrespeito o que um dia já foi intocável.
Pois bem, num dos mais recentes desfechos de relação conjugal da política paraibana, temos assistido a lamentáveis episódios de invasão de privacidade. E o pior é que envolve uma criança em meio a tantos “torpedos” e julgamentos sociais precipitados e maliciosos.
Em plena campanha de 2014, já vazavam discussões ásperas entre o Governador Ricardo Coutinho e a então “primeira-dama” Pâmela no quarto do casal (gravadas sabe-se lá por quem). A tentativa do uso desse e de outros fatos oficiosos nas redes sociais, a priori pareceu um tiro infalível da oposição. Mas foi tiro no pé. Esqueceram a leitura óbvia de que as contendas são naturais da convivência humana e especialmente, da relação amorosa. O eleitorado repudiou de imediato, o uso baixo e mesquinho daquele expediente da militância TALIBÃ que certamente não fora “autorizado” pelo experiente tucano Cássio.
Após a oficialização do divórcio, a jornalista tem dado um “show”de presença digital com provocações diárias. Comportamentos que seriam mais cumuns na puberdade. Tudo bem que os perfis do face, instagram, etc se tornaram mesmo as válvulas de escape freudianas do mundo contemporâneo. Para piorar a derrocada moral da Ex e a deprimente invasão/exposição da privacidade sua e do governador, na semana passada(07.09) vimos, a jornalista Pâmela Bório em reportagens na TV e com posts nas mídias sociais alegando agressões dentro da granja Santana quando acompanhava seu filho. Apurem-se os fatos. Contudo, além da denúncia registrada na polícia sobre as “facas e dentes” (lembrei do reinado do século XII) supostamente de familiares do socialista, algo tem se tornado mais preocupante. Vejo setores da imprensa e da oposição começarem a entrar novamente naquela velha seara fracassada: deslustrar o conceito de um gestor a partir da condição de (ex)cônjuge. Isso é péssimo. Só expõe nossa mentalidade retrógrada, odienta e improdutiva.
E não me venham com comparações toscas do tipo “A briga de Joelma e Chimbinha também é noticiada a toda hora!” Mil vezes NÃO. O (ex) Casal Kalypso não muda nossas vidas. Talvez a dos fãs, unicamente. Os divorciados nesse caso só têm uma gestão a cumprir. Juntos ou não, eles seguem administrando a fama de uma “banda de brega do Pará” e não passam disso. Já na dança da Política da PARAÍBA com P maiúsculo, o ritmo é diferente. É preciso separar as melodias (pessoal x profissional) e enxergar que acima dos “EXs”, estão os atuais. O atual Governador e atual jornalista precisam tocar seus projetos individualmente, sem ingerências maliciosas e de baixo nível. Como paraibano, não consigo nutrir o menor interesse em saber quem está com a razão e se o homem Ricardo paga ou não pensão alimentícia do filho. Se as contas da ex-“primeira dama” e do herdeiro passarem a ser pagas com dinheiro do povo, aí sim, a informação obrigatoriamente, tem de se tornar PÚBLICA.
mar 15, 2025
mar 11, 2025
mar 11, 2025
mar 10, 2025