maio 12, 2015 Destaque, Guarabira, Mamanguape, Política 1874
O senador José Maranhão (PMDB) teve uma recaída da febre Chicungunha e ficará em João Pessoa esta semana para se recuperar, mas recebeu a reportagem do Polêmica Paraíba neste domingo, 10, para entrevista exclusiva. Na conversa, o presidente estadual do PMDB falou sobre política, transposição e cenário nacional. Indagado sobre o posicionamento dos peemedebistas diante […]
O senador José Maranhão (PMDB) teve uma recaída da febre Chicungunha e ficará em João Pessoa esta semana para se recuperar, mas recebeu a reportagem do Polêmica Paraíba neste domingo, 10, para entrevista exclusiva. Na conversa, o presidente estadual do PMDB falou sobre política, transposição e cenário nacional.
Indagado sobre o posicionamento dos peemedebistas diante do governo estadual, ele afirmou que o partido sempre foi democrático. “Nossa origem data do regime autoritário de 64, que destruiu todos os partidos políticos e criou o MDB e o Arena e o MDB não aceitou apoiar o governo militar e foi a trincheira de resistência do governo naquela época, por isso mesmo, a formação histórica é heterogênea porque nós tínhamos todas as pessoas que eram contra a ditadura porque era a única forma deles participarem da cena política”, lembrou.
Objetivamente, ele pontuou que o ex-governador Roberto Paulino rompeu com o atual gestor, Ricardo Coutinho (PSB), no entanto, continuará no PMDB porque tem serviços prestados pela legenda. “A divergência de Roberto não foi conosco, gostaria que isso não acontecesse e conversarei com o governador Ricardo Coutinho a respeito disso, mas gostaria que mantivéssemos o respeito e a preservação da credibilidade e respeito do partido”, explicou.
Ele destacou que há uma orientação nacional acerca do respeito às opiniões dos membros do partido que mantiverem posicionamentos contrários à maioria. “Lamento muito o que houve entre Roberto Paulino e o governador, espero que isso possa ser superado, mas de imediato já fui informado sobre o que houve e terei conversa com os dois”, pontuou.
Sobre as eleições 2016, Maranhão disse que não há qualquer definição sobre as eleições 2016, mas destacou que, em Guarabira, é natural que o PMDB tenha candidato a prefeito e, no futuro, candidato a governador também. “Em João Pessoa, o PMDB é muito forte, e é indiscutível que teremos candidato, isso não significa que num segundo turno, se tiver, façamos aliança com nossos parceiros do PSB, não existe qualquer hostilidade é a prática democrática”, disse.
Maranhão acha difícil que o PT e o PSB se mantenham unidos até as eleições do próximo ano em João Pessoa. “Pelo que temos visto por aí, acho muito difícil esta aliança aí entre o PSB e PT”, pontuou.
Já em Campina Grande, ele disse que o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo tem preferência, “ele seria, neste momento, o candidato excelente”, mas complementou dizendo que ainda é cedo para bater o martelo sobre o nome que representará o partido.
Cenário Nacional
José Maranhão disse que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) está passando por um grande crise político-econômica e disse que não se surpreende com posicionamentos de setores da oposição e de alguns aliados. Ele lembrou dados da eleição do ano passado e falou sobre a opinião dos brasileiros sobre os, então, candidatos Aécio e Dilma, e a manutenção das críticas ao governo.
Ele disse que não vê continuidade desses pedidos de impeachment, como aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor, mas falou que “percebo que a oposição ao governo Dilma não tem argumentos para levar essa história de cassação a frente, mas estão prontos para fazer o governo sangrar até o fim, para facilitar os passos dos demais partidos em 2018”.
Por outro lado, disse, se Dilma e o PT conseguirem resolver problemas graves que estão em ebulição como economia e corrupção terá um grande crescimento. Ele citou o caso da Petrobras e afirmou que se houver resolução deste caso, haverá uma recuperação da credibilidade do Brasil e não se pode seguir lamentando o que acontece. Maranhão defendeu punição severa aos envolvidos no escândalo da Lava Jato.
Seca
Questionado sobre ações para amenizar os efeitos da seca na Paraíba, o senador elogio o ex-presidente Lula e a obra de Transposição do Rio São Francisco. “Lula é um gênio, é um estadista e o projeto da transposição do Rio São Francisco não teria saído do papel se não houvesse a intervenção de Lula porque é um projeto que vinha sendo adiado há 200 anos e passou por vários governos sem que tivesse qualquer ação”, disse.
Ele destacou um projeto que deixou pronto e que Ricardo Coutinho está realizando haverá grandes melhorias na vida das pessoas que sofrem tanto com a estiagem. “Com a interligação da Bacia do Mamanguape com a Bacia do Paraíba, através do Açude Acauã, nós já estaríamos em condições muito melhores, mesmo assim, o Açude Acauã tem garantido o abastecimento de água em todo o baixo Paraíba e Ricardo está tocando esta obra que é muito importante”, pontuou.