abr 12, 2015 Destaque, Política 1929
Até o momento, nenhum partido da oposição e situação apresentou algum pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar o que já se sabe da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga comercialização de decisões do Conselho Administrativo de Recurso Tributários (Carf) da Receita Federal. O prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação […]
Até o momento, nenhum partido da oposição e situação apresentou algum pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar o que já se sabe da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga comercialização de decisões do Conselho Administrativo de Recurso Tributários (Carf) da Receita Federal.
O prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação de impostos é de R$ 19 bilhões, muito maior do que o descoberto na operação Lava Jato, que mantém presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país presos há meses. Os partidos de oposição, que poderiam aumentar sua ‘intifada’ contra o governo e amplificando investigações contra os cofres públicos, até o momento não se manifestaram.
Nesta sexta-feira, 3, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um “bom negócio”, com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Além de Gerdau, outros nomes ligados à oposição foram desnudados pela Operação Zelotes. A RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky, é acusada de ter pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. A RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves, presidente do PSDB.
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Nenhum dos partidos, seja do governo ou da oposição, defendeu uma CPI para investigar a Operação Zelotes. Nem mesmo uma CPI mista do Congresso, que não tem limites de comissões em funcionamento. Há líderes que tergiversam. Mas a maioria diz que não há disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores.
Enquanto isso, partidos ditos ideológicos (PCdoB, PPS e PSOL) são contra, mas a comissão da Reforma Política vai debater a cláusula de barreira.
Partidos que não elegerem 5 deputados não teriam tempo de TV e Fundo Partidário. Isso afetaria 9 siglas hoje.