nov 04, 2025 Destaque, Vereadores 93
A Audiência Pública de prestação de contas da Saúde ocorreu nesta terça-feira (4)

Nesta terça-feira (4), o secretário de saúde de João Pessoa, Luís Ferreira Filho, esclareceu questionamentos levantados pelos parlamentares durante audiência pública em que prestou contas dos investimentos na pasta no segundo quadrimestre de 2025 (maio a agosto). A informatização da saúde foi um dos principais temas abordados pelos vereadores.
Questionado sobre a capacidade de atendimento da rede pública de saúde, ampliações e requalificações de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além das reformas, Luís Ferreira Filho explanou: “O diagnóstico de quando iniciamos nessa secretaria era de não conseguir atender. O CRM disse que, se fosse fiscalizar, fecharia tudo. Então, fizemos um plano de reestruturação e já passamos de 84 unidades reformadas”.
O secretário ainda alegou que as reformas têm sido feitas de acordo com as prioridades estabelecidas e um teto financeiro. “Demos prioridade, inicialmente, às reformas que eram fundamentais à manutenção da vida, como das Unidades de Tratamento Intensivo. Depois, fomos para as Unidades Básicas de Saúde. Temos esse teto, mas quando temos uma emergência, temos uma equipe própria extremamente limitada que vai fazer pequenos retoques, como paliativos. Quando faço um paliativo, acabo tirando essa unidade da prioridade, que é algo que vou repensar”, afirmou.
Diante da suposição de que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) estaria habilitada para o tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas que não estaria usando os recursos, o secretário argumentou: “O fato de estar habilitado para esse tratamento não significa que o município recebe o recurso, porque eu só recebo o recurso se ofertar o serviço. Por isso, a história de que o município recebe o recurso e não utiliza não é verdadeira. Essa habilitação foi conseguida antes da gestão do prefeito Cícero, e a minha avaliação técnica é de que não existia possibilidade estrutural para fazer esse atendimento. Tínhamos o neurocirurgião, mas é necessária toda uma estrutura para o paciente neuro crítico, que é o mais caro que existe numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Era financeiramente caro e difícil e foi preterido naquele momento por outras prioridades que nós tínhamos”.
Desafios e informatização da Saúde
Os vereadores indagaram quais os desafios estruturais enfrentados na pasta, ao que o secretário respondeu: “Terminar esse ciclo de reformas. Nós só pudemos começar a construir algo novo depois de passar de 50% do que queríamos fazer. Não fazia sentido construir alguma coisa sem ajeitar o que já tínhamos. Continuamos o plano de reformas”.
Enquanto alguns parlamentares pediram agilidade e melhorias na informatização da Saúde, outros opinaram por tratar esse processo com mais calma, dando mais autonomia aos profissionais da saúde, que realmente conhecem as necessidades e urgências dos pacientes. O secretário Luís Ferreira lembrou que o aplicativo “Na Palma da Mão” ainda está em período de adequação e, portanto, pode apresentar falhas, mas, ainda assim, informou que o número de vagas disponibilizadas por aplicativo e por procura espontânea aumentou e a pretensão é de que continue aumentando. Ele concordou com uma sugestão recebida para criação de um campo de avaliação do atendimento por aplicativo, quando finalizado.
nov 04, 2025
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