abr 15, 2020 Destaque, João Pessoa, Saúde 676
Consumo de equipamentos de proteção triplicou por causa da pandemia de Covid-19, mas hospital está sem fornecedores
Com a pandemia de Covid-19, o consumo de equipamentos de proteção individual (EPIs) triplicou no Hospital Napoleão Laureano. Caso a instituição não consiga adquirir o material de proteção no mercado, será inevitável a paralisação do atendimento hospitalar. Segundo o diretor geral, Thiago Lins, a maior necessidade é a aquisição de máscaras para uso em bloco cirúrgico. Por isso, doações de máscaras de pano, álcool em gel e materiais de higienização são bem-vindas. Atualmente, o Hospital Napoleão Laureano atende 74% dos casos de câncer da Paraíba. Desse total, 92% são pacientes do SUS. Existem cerca de 800 funcionários no hospital Napoleão Laureano. Antes, os equipamentos de proteção eram utilizados apenas nos setores em que os profissionais de saúde tinham contato com os pacientes oncológico. No entanto, este quantitativo triplicou para garantir a segurança dos colaboradores. Além das máscara para uso Sara Gomes saragomesilva@gmail.com Sem EPIs, Napoleão Laureano pode parar os atendimentos Edição: Rogéria Araújo Editoração: Lênin Braz em bloco cirúrgicos, o hospital está precisando de gorro, capote e outras EPIs. O Hospital Napoleão Laureano possui recurso financeiro para aquisição das EPIs, mas está tendo dificuldades em conseguir fabricantes e fornecedores. De acordo com o diretor geral Thiago Lins, o hospital Napoleão Laureano solicitou apoio da Prefeitura de João Pessoa e Governo do Estado para facilitar a comunicação na aquisição das EPIs junto aos fornecedores. “A Secretaria de Saúde Municipal e do Estado foram comunicados, ambos ficaram sensibilizados com a situação, mas, até o momento, não possuem quantitativo suficiente que pudesse direcionar ao Laureano, pois os equipamentos de proteção estão sendo destinados aos hospitais de referência no combate a Covid-19”, informou. O diretor geral esclareceu ainda que todas as medidas de prevenção e cuidados com higienização estão sendo tomadas, conforme orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Em alguns setores administrativos foi feito uma escala de rotatividade para evitar risco de aglomeração. No ambulatório e demais atendimentos, estamos deixando as cadeiras com mais de 1 metro de distância. As visitas na enfermaria foram suspensas, permanecendo com o paciente apenas o acompanhante”, pontuou. Conforme a gerente assistencial, Cristhiane Borges, os pacientes oncológicos do interior estão tendo dificuldades em receber o tratamento. “Muitas prefeituras deixaram de disponibilizar o transporte por causa da pandemia. Até os pacientes que não são do interior estão tendo dificuldades porque os ônibus estão suspensos. Outra medida que dificultou o tratamento é que as casas de apoio estão fechadas desde o começo da pandemia”, disse. Ainda assim, o hospital Napoleão Laureano permanece prestando atendimento aos pacientes com câncer, apesar da redução no número de atendimentos. “Nós temos a missão de fornecer o tratamento oncológico. O hospital precisa ser mantido pois o nosso objetivo é salvar vidas. Estamos adiando as consultas de pacientes em manutenção, com a autorização do médico, para a própria segurança do mesmo. Já os pacientes iniciais ou que estejam fazendo sessões de quimioterapia ou radioterapia, continuamos até onde for possível oferecer segurança para todos, explicou Thiago Lins.
maio 04, 2024
abr 30, 2024
abr 29, 2024
abr 29, 2024