set 15, 2025 Vereadores 17
Em entrevista concedida à Rádio Câmara FM (88,7 MHz), o cineasta Lúcio César Fernandes conversou sobre a homenagem
O produtor audiovisual da TV Câmara JP, Lúcio César Fernandes, será homenageado na IX Mostra BNB de Cinema Paraibano, uma realização do Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa (CCBNB). Em entrevista concedida ao programa Revista 88, comandado pela jornalista Edileide Vilaça, o cineasta falou sobre a satisfação em ter seu trabalho reconhecido e também conversou sobre sua trajetória profissional. O conteúdo já está disponível no Deezer e Spotify, no podcast Acervo 88, e será reprisado na da Rádio Câmara FM (88,7 MHz) neste sábado (13) e domingo (14), ao meio dia.
De 16 a 26 de setembro, o sertão paraibano recebe a IX Mostra BNB do Cinema Paraibano – Edição Lúcio César, em uma homenagem histórica ao cineasta Lúcio César Fernandes, considerado um dos primeiros diretores negros da Paraíba. O encerramento da mostra, no dia 26 de setembro, será dedicado a sua filmografia, com a exibição das obras “Faixa de Gaza”, “Essência” e “Nos Trilhos da Estação”, seguida de um tributo que reafirma seu papel como referência do cinema negro nordestino.
“Estou muito feliz com esta iniciativa do CCBNB. Não esperava, fui pego de surpresa. Recebi uma ligação de Sérgio Silveira, curador da mostra, me perguntando se aceitaria ser homenageado, porque o CCBNB sugeriu unanimemente. Claro que aceitei e fiquei muito feliz. Está sendo um trabalho feito com muito carinho, eles são muito cuidadosos. Não vou conseguir estar presente em todo o evento, porque tem vários momentos, são oficinas, cursos, exibição de filmes, palestras e debates. Estarei presente nos dois últimos dias, um desses, dedicado ao meu trabalho. Pra mim foi uma grande surpresa esta homenagem”, destacou Lúcio César.
Durante a entrevista, o cineasta revelou que seu primeiro contato com um set de gravação foi em 1997, no filme ‘Corta Essa’, de seu colega de universidade Renato Félix. Depois de algum tempo Lúcio César foi trabalhar em uma produtora de vídeo, fazendo iluminação, e a partir desse meio técnico ele entrou de fato no meio audiovisual. “Houve um ano em que trabalhei em quase todos os filmes do estado. Só freei a vida nos sets após me tornar servidor público. Até 2013, tinha presença constante nas obras audiovisuais da Paraíba”, afirmou.
Lúcio César também revelou que a historiadora Karine Fiuza, pesquisadora de cinema e audiovisual, constatou, em pesquisa sobre a presença de pessoas pretas no cinema, que seu trabalho inicial como diretor de ‘A Última Sala’, de 2001, é o primeiro realizado por um diretor preto na Paraíba, embora haja, sem muita repercussão, um trabalho anterior de uma cineasta negra sobre as ceguinhas de Campina Grande.
O cineasta é formado em Rádio e TV pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e construiu uma trajetória como diretor, fotógrafo, produtor e educador, sempre comprometido com a memória e as narrativas negras. A entrevista completa pode ser conferida no podcast Acervo 88, disponível no Spotify e no Deezer, além do YouTube (/tvcamarajp).
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