nov 26, 2025 João Pessoa, Vereadores 13
Vereadora Jailma Carvalho (PSB) foi a autora da propositura

Na tarde desta quarta-feira (26), a Câmara Municipal realizou, sessão especial para debater as culturas periféricas e as práticas exitosas em território de periferia. A solenidade reuniu membros e representantes culturais da cidade e foi proposta pela vereadora Jailma Carvalho (PSB).
Jailma justificou o que a motivou realizar uma sessão sobre as periferias. “A motivação, sobretudo, partiu do diálogo com as comunidades, com os movimentos que combatem o racismo e que lutam em defesa dos direitos, do existir da população negra e nós estamos em um mês da consciência negra e sempre buscamos trazer esse debate para a Casa, porque o racismo e o preconceito existem e é palpável. Hoje, então, estamos trazendo as práticas exitosas e as culturas que existem nas periferias, para dizer que a nossa cidade é diversa e quando trazemos um debate como esse para a Câmara, estamos agindo como agentes transformadores e afirmando que essa Casa é do povo e assim quebrando preconceitos e que é importante conhecer e respeitar as diversas culturas”, afirmou.
O vereador Marcos Henriques (PT) falou sobre o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pela CMJP. “Foi um projeto do vereador Marcos Vinicius (PDT), em que eu subscrevi e que vai criar mecanismos de igualdade de oportunidades. Eu espero que o projeto seja sancionado pelo prefeito, para que tenhamos um instrumento. A juventude negra precisa ter muitas políticas de igualdade de oportunidades e nós temos que lutar por essa igualdade e só se luta com reparação e valorização do povo preto, do homem e da mulher preta”, acrescentou.
“É extramente louvável trazer para o espaço da CMJP, um espaço do povo, para, de fato, discutir as pautas populares, um pouco dos desafios que os movimentos culturais enfrentam nas periferias, como também seus cases de sucessos, mostrando que nas favelas têm suas potências culturais”, disse Emerson Silva, presidente estadual da CUFA (Central Única das Favelas).
José Iago da Silva, representante do Conselho Municipal de Cultura, disse que o que é pedido na Casa do Povo, enquanto movimento hip-hop e periférico, é a oportunidade de trabalhar, ter um salário digno e fazer cultura. “Nós já fazemos isso e, infelizmente, não podemos colocar o que queremos dentro de casa”, defendeu.
“Voltar nessa Casa hoje dizendo que eu estou viva, lançando um disco que bateu 70 mil plays em três dias é muito significativo. Eu tenho muito orgulho de dizer, em todo lugar que eu chego, de onde eu vim, que eu venho da terra dos canaviais, Santa Rita, mas falar que foi em João Pessoa que eu me construí, com as pessoas que estão comigo até hoje, que olharam para mim e viram essa potência”, explicou a cantora Bixarte, que na ocasião recebeu um voto de aplausos da CMJP, entregue pela vereadora Jailma Carvalho.
O secretário estadual de Cultura, Pedro Santos, destacou a importância de trazer esse debate para a Câmara. “É um tema muito importante que busca trazer protagonismo para uma população que, historicamente, esteve fora de ambientes como esse da Câmara Municipal e nós viemos hoje compartilhar experiências da secretaria de Cultura, no sentido de construir possibilidades e ofertar alternativas para os artistas e pessoas que produzem arte e cultura nas periferias. Nós temos um histórico de oportunidades que são construídas, inclusive, em diálogo com as organizações que atuam nas periferias de João Pessoa e na Paraíba, de um modo geral. Então, nós estamos trazendo essas experiências para compartilhar, mas também para ouvir o que essa juventude tem a contribuir com a melhoria dessas políticas públicas”, concluiu.

Ao final da sessão, também foram entregues Votos de Aplausos ao grupo cultural da Escola Municipal Padre Pedro Serrão – Kairós, do bairro Cristo Redentor; Centro Comunitário Bom José; Comunidade Citex; Comunidade Raios de Sonhos, entre outras práticas exitosas em territórios de periferia de João Pessoa.
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