maio 10, 2017 Destaque, Governo do Estado 1117
Governador diz que recebeu emissário da Odebrecht a pedido de Cássio Cunha Lima O governador Ricardo Coutinho disse em entrevista ao Correio Debate nesta terça-feira (9) que recebeu o emissário da Odebrecht para conversar sobre uma possível privatização da Cagepa a pedido do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). O encontro de Ricardo com um executivo […]
Governador diz que recebeu emissário da Odebrecht a pedido de Cássio Cunha Lima
O governador Ricardo Coutinho disse em entrevista ao Correio Debate nesta terça-feira (9) que recebeu o emissário da Odebrecht para conversar sobre uma possível privatização da Cagepa a pedido do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). O encontro de Ricardo com um executivo da empresa foi mencionado na delação do ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, na Operação Lava Jato.
Segundo o governador, antes mesmo de conversar com o executivo, ele já tinha a compreensão de que privatizaria a Cagepa e que o pedido de Cássio causou constrangimento. “Havia um pedido do senador Cássio para receber o cara de Odebracht, inclusive isso causou constrangimento, bastante, porque havia uma pressão grande, e eu disse não havia nenhum problema em receber: ‘Recebo, mas não vou fazer’. Eu não faço”, disse o governador.
Ricardo garantiu que o emissário não fez qualquer aceno de propina: “A mim, não. Até mesmo porque dizem que eu sou um tanto quanto grosso e eu seria grosso se isso fosse colocado na mesa. Eu tô nisso há muito tempo e eu só consigo colocar, faltando um ano e sete meses pra terminar o governo, mais de meio bilhão de reais em obras para povo se eu conduzir o Estado com seriedade”, disse.
O governador ainda justificou porque seu governo não tem interesse em privatizar o órgão: “Eu só privatizaria a Cagepa se ela não desse retorno a mim, enquanto governador, e ao povo. Se não me desse retorno e expectativa de ser uma empresa que tem que ser enxuta e com compromisso com o povo”, disse. E voltou a criticar a possibilidade de municipalização da Cagepa: “A água não dá para ser explorada por uma empresa quando você tem que conhecer a complexidade de um Estado. Se tirar João Pessoa e Campina Grande e olhar para o restante, tudo dá prejuízo”, ressaltou.
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