A ressaca do Lulismo Até o momento apenas o deputado federal Rui Carneiro (PSDB) foi à imprensa paraibana dar a sua versão da sessão do congresso nacional de antes de ontem, que acabou na madrugada de quinta, que votou a projeto de Lei de Alteração das Metas da LDO deste ano, retirando da contabilidade do superávit primário os investimentos do PAC e as desonerações fiscais. O deputado está no seu papel, travando a luta política e ideológica, nos termos incisivos arrasa-quarteirão deste PSDB pós-eleições. Em contrapartida, ouve-se, se me permitem o paradoxo, um silêncio sepulcral dos parlamentares petistas e da bancada federal governista na Paraíba. Impressionante, nenhum pronunciamento, nenhum revide, nenhuma defesa consistente dos argumentos econômicos do governo Dilma – e olha que existe disponível para uso retórico, farta literatura econômica sobre mecanismos anticíclicos, passíveis de serem arguidos na defesa do governo. É como se, passado o ápice da festa e comemorado a difícil vitória eleitoral, as hostes do lulismo na Paraíba vivesse a fase de ressaca. Verdade que a ressaca começa pelo petismo brasileiro, basta ler na imprensa de hoje a reação interna contrafeita de Dilma à nota lacônica que a direção nacional do PT divulgou em resposta às revelações em juízo de Mendonça Neto, executivo da empreiteira Toyo Setal. Cuidado para não passar da medida no estágio de letargia, principalmente parlamentares petistas.