O economista, professor e ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, morreu nesta segunda-feira, 12, aos 96 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde a última segunda-feira, 5, no Hospital Israelita Albert Einstein em decorrências de complicações no seu quadro de saúde. Ele deixa a esposa, Gervásia Diório, a filha Fabiana Delfim e o neto Rafael.
Sua vida profissional começou de maneira simples: o primeiro emprego de Delfim Netto foi como auxiliar de escritório na Indústria Gessy do Brasil. E, ainda estudante, trabalhou no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo. Nada disso dava pistas de como o economista seria influente nos rumos político-econômicos do Brasil, por quase 60 anos, de maneira direta ou indireta.
Teve um papel de grande relevância nos anos da Ditadura no Brasil. Foi ministro da Fazenda dos governos militares de Costa e Silva (1967-1969) e Médici (1969-1973), e ministro da Agricultura do governo Figueiredo (1979-1984). Nessa gestão, também atuou como secretário do Planejamento e controlou o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central.