maio 12, 2015 Mundo, Polícia 1469
A polícia paraguaia prendeu, neste sábado, o padrasto de uma menina de 10 anos grávida cujo pedido de aborto tem causado comoção ao redor do mundo. A solicitação, no entanto, foi rejeitada pelas autoridades de saúde, em uma decisão que chocou entidades de proteção à criança e à mulher. O padrasto da menina, que, supostamente, […]
A polícia paraguaia prendeu, neste sábado, o padrasto de uma menina de 10 anos grávida cujo pedido de aborto tem causado comoção ao redor do mundo. A solicitação, no entanto, foi rejeitada pelas autoridades de saúde, em uma decisão que chocou entidades de proteção à criança e à mulher.
O padrasto da menina, que, supostamente, abusou dela sexualmente, estava foragido da justiça há duas semans e foi detido na madrugada de sábado na cidade de Caazapá, cerca de 200 quilômetros à sudeste de Assunção, conforme informou a polícia em sua página no Facebook.
“Foi detido um cidadão paraguaio maior de idade que seria o autor do caso de abuso sexual a uma menina de 10 anos, de quem ele seria padrasto”, informou o comunicado da polícia, que encaminhará o suspeito à justiça.
O padrasto da garota negou, de acordo com a mídia local, que cometeu o crime e disse que nunca tocou na menina. Ele acrescentou que não era um fugitivo e que estava apenas viajando para visitar parentes.
No mês passado, as autoridades de saúde paraguaias rejeitaram um pedido de aborto para a menina, grávida de cinco meses, cujo caso tem chamado a atenção de todo o globo. O desejo da família da menina tem sido respaldado por organizações como a Anistia Internacional, que lançou uma campanha mundial para “salvar a vida” da garotinha.
A investigação do Ministério Público paraguaio mostrou que, no dia 21 de abril, a menina foi levada por sua mãe a um hospital público de Assunção porque a menor sentia um desconforto permanente no abdômem. Os exames médicos confirmaram que a criança estava na 22ª semana de gestação. O Ministério Público então apresentou denúncias contra o padrasto, que recebeu uma ordem de prisão no final de abril por abuso sexual de menor, e contra a mãe, por negligência e obstrução da justiça.
Em prisão preventiva até que sejam concluídas as investigações, a mãe foi encaminhada para o presídio feminino de Assunção. O Ministério da Saúde do Paraguai informou que 680 meninas com idades entre 10 e 14 anos se tornaram mães em 2014 no país.
O Globo