jul 11, 2015 Política 1227
O prefeito Luciano Cartaxo parece ter ensaiado uma guinada política em seu discurso na entrevista que concedeu nesta quinta-feira, após reunião com o seu secretariado. Registre-se, em suma apertada, que Cartaxo disse ter aliança com o PSDB desde o início de sua gestão, lembrando a participação de dois tucanos em seu governo, e considera também […]
O prefeito Luciano Cartaxo parece ter ensaiado uma guinada política em seu discurso na entrevista que concedeu nesta quinta-feira, após reunião com o seu secretariado.
Registre-se, em suma apertada, que Cartaxo disse ter aliança com o PSDB desde o início de sua gestão, lembrando a participação de dois tucanos em seu governo, e considera também o PMDB um partido aliado e presente na Prefeitura, além de esperar o apoio da legenda nas eleições de 2016.
Na outra vertente, o prefeito fez veladas críticas ao governador Ricardo Coutinho, atacando-o no quesito vaidade, ao responder sobre declarações do gestor estadual de que as grandes sobras de mobilidades em João Pessoa são do governo do Estado.
Numa leitura rápida, tem-se aqui que o prefeito Luciano Cartaxo parece ter abandonado o discurso sustentando a tese da existência da aliança PT-PSB, que, em verdade, não existe, e iniciado acenos ao PSDB e ao PMDB.
Lógico que a guinada no tom do discurso do prefeito Luciano Cartaxo talvez tenha como objetivo apenas mandar um recado ao governador – que não tem alisado o PT nem a gestão municipal – da disposição de não ficar mendigando apoio.
Pode ser, porém, já que também é da lógica política se afastar de uma força buscando aliança com outras, que não se trate apenas de um simples recado, mas de um passo do prefeito Luciano Cartaxo em direção ao PSDB e ao PMDB. Se não no primeiro turno, tem o segundo.
Nos bastidores, o prefeito Luciano Cartaxo ainda avalia que o governador Ricardo Coutinho vai lembrar-se do apoio decisivo do PT à sua campanha para governador e retribuí-lo nas eleições municipais na Capital. Todavia, na prática, parece já estar cuidando de construir novas alianças políticas.
por Josival Pereira