maio 18, 2015 Destaque, Política 2412
“Essa conversa e esse discurso fácil não pega mais não”, disse o secretário de segurança ao comentar o pronunciamento do tucano sobre a ‘onda de violência’, no Senado.
O secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, rebateu as declarações do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), nesta sexta-feira (15), e afirmou que foram nos anos do governo do tucano, entre 2002 e 2009, que se aumentaram os índices de violência, principalmente, do número de homicídios, na Paraíba. O parlamentar utilizou a “onda de violência” difundida no município de Campina Grande para criticar na tribuna do Senado Federal, na última quarta-feira (13), as ações desenvolvidas pelo Governo na área.
Em entrevista à Rádio Arapuan FM, o secretário disse que nenhum Estado da Federação pode afirmar que mantém um regime de segurança durante 24 horas sem a alteração no quadro “endêmico”. Ele lamentou a exploração política dos atos de violência ocorridos em Campina Grande, na última quarta-feira, e disse que as forças policiais deram resposta imediata para todas as ocorrências.
“Isso é lamentável, porque na época do [Governo] senador foi à época que se mais aumentou a criminalidade nesse Estado e não sou eu que digo, tá aqui ó (sic)”, disse o secretário, ao relatar números apresentados pelo cientista político, doutor e professor universitário José Maria Júnior, que está publicado no livro ‘Panorama dos Homicídios do Brasil’, do Governo Federal.
Ainda segundo Cláudio Lima, o estudo promove um comparativo entre o efetivo policial e o aumento da criminalidade e demonstra que, mesmo com o incremento de novos policiais civis e militares nos anos do governo Cássio Cunha Lima, houve um crescimento considerável no volume de homicídios e de ocorrências na área de segurança pública.
“Isso aqui não é conversa não, esse quadro é justamente o que o mapa da violência demonstra que é o crescimento da criminalidade a partir de 2002. Então essa conversa e esse discurso fácil não pega mais não. Agora, se não quiserem acreditar, porque acham que nosso dado é falso, é muito fácil, estamos dispostos [a debatê-los] e basta consultar um órgão sério de controle externo. Peguem o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Estadual e vamos buscar saber se esses dados são falsos e não fazer uma afirmativa inverídica, sem fundamento e sem provas”, frisou.
O secretário complementou: “Nós apuramos e temos dados, não adianta vir com essa história de dizer que aumentou e não ter prova, não ter fundamento. Argumento sem fundamentação leva ao descrédito. O que eu estou dizendo, eu posso provar. Agora, vir tirar proveito político do caos, a eleição passou meu amigo”.
Bruno Cunha Lima
O secretário ainda citou o deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB), que também criticou na imprensa e em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) a atuação das forças de segurança pública do Estado.
“Será que esse cidadão se debruçou sobre a história política da família dele? Ele sabe como é que foi na época deles? Eles tinham mais gente, 2.500 policiais civis para trabalhar e quase 10 mil PMs. A população era menor e nós temos hoje um efetivo bem menor e, mesmo assim, estamos produzindo bem mais do que eles”, concluiu.
WSCOM
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