jun 23, 2015 Educação, Religião 7467
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) entregou, um documento ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando que o órgão investigue a origem dos boatos que envolvem uma falsa cartilha sobre ideologia de gêneros que seria distribuída na rede de ensino da capital. Segundo a presidente do Sinteal, Consuelo Correira, o sindicato quer saber […]
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) entregou, um documento ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando que o órgão investigue a origem dos boatos que envolvem uma falsa cartilha sobre ideologia de gêneros que seria distribuída na rede de ensino da capital.
Segundo a presidente do Sinteal, Consuelo Correira, o sindicato quer saber de onde partiu a falsa informação sobre a cartilha.
“O que houve foi um desvirtuamento da proposta do MEC [Ministério da Educação] à respeito da cartilha. Isso é um ato criminoso, que pode ser usado tanto para o bem, quanto para o mal”, disse.
A suposta cartilha, que conta com imagens e frases obscenas, e que seria destinada a crianças em idade escolar, faria parte do Plano Municipal de Educação (PME) de Maceió, que está passando por atualizações para se adequar às novas diretrizes do Ministério da Educação (MEC), aprovadas em junho, e para que as metas do município se ajustem às nacionais.
Na última sexta (19), a secretária de Educação de Maceió, Ana Dayse Dórea, desmentiu boatos de que a suposta cartilha seria adotada pela rede municipal de ensino. O assunto veio à tona durante uma reunião entre a Pasta, o Sinteal, representantes da Câmara de Vereadores e de conselhos de ensino, além do Grupo Gay de Alagoas (GGAL).
Plano Estadual de Educação
A discussão de gênero também está presente na versão preliminar do Plano Estadual de Educação (PEE) 2015 – 2025, ainda em desenvolvimento. O documento, entretanto, também não prevê adoção de qualquer cartilha para alunos da educação básica ou ensino médio.
O item “Educação para a igualdade das Relações de Gênero e Diversidade Sexual” defende adoção de medidas como “fomentar a inclusão, no currículo escolar, das temáticas relativas a gênero, identidade de gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiências, entre outros, bem como todas as formas de discriminação e violações de direitos, assegurando a formação continuada dos(as) trabalhadores(as) da educação para lidar criticamente com esses temas”.
Ainda segundo o PEE, “no contexto escolar, a percepção de gênero é percebida nas mais variadas formas de comportamento dos que fazem a comunidade escolar. Nesse turbilhão de identidades, a escola tem um grande desafio: como lidar com a alteridade e o respeito à dignidade de cada pessoa dentro de um respaldo moral e ético”.
G1